sábado, 12 de janeiro de 2008

Magé: Convocação aos que se reconhecem como cidadãos.

Pouco se fala sobre cultura. Isso leva a concluir que o povo não quer cultura. Como conseqüência, o poder público não se move, pois além de gestores, também são políticos que dependem de votos para dar prosseguimento às suas carreiras, e decidem então se preocupar com outros assuntos supostamente mais importantes, que podem trazer mais votos. Do outro lado, a iniciativa privada prefere investir em outras formas de “marketing”, que possam proporcionar uma maior exposição da marca, nos segmentos dos quais a população, vista pelo empresário apenas como “público alvo”, esteja presente.

Precisamos mudar esse quadro. Pior do que não existir o direito da livre expressão, é ter toda a liberdade e ainda assim, se calar. Com tantos meios e recursos para expressar a nossa opinião, não podemos deixar que esta não seja ouvida por todos aqueles que decidem o que será feito em contrapartida com o nosso dinheiro, entregue em tributos ao poder público, e nos lucros das empresas e corporações.

Façamos um manifesto, expressando a nossa indignação diante do modelo atual e exigindo providências, reivindicando ações efetivas para que haja mudanças.

A redação será colaborativa, com a participação de todos aqueles que desejarem contribuir com o texto. A publicação sera feita na internet, nos jornais locais. Impressos afixados nos murais das escolas e distribuídos nas ruas da cidade.

Participe, faça a sua parte nessa proposta de transformação. Este espaço está aberto para difundir a sua voz.

Se não fizermos algo, quem mais fará por nós?


Caio César Loures


Comentários, críticas e colaborações ao texto podem ser publicadas na sessão de comentários, ou enviadas ao e-mail caiocesarloures@gmail.com.

8 comentários:

Cesar Pinheiro disse...

Concordo plenamente com a idéia de redigirmos um manifesto!

Penso que devemos redigir um manifesto que não só critique ausência do poder público mageense no âmbito da cultura, mas também, como Caio mesmo vem lembrar, que faça com que todos saibam que nós devemos assumir a responsabilidade que nos cabe para mudar mudarmos o quadro.

Precisamos redigir um manifesto que: 1) critique o quadro atual; 2) proponha soluções; 3)reconheça as ações existentes; e 4)convoque os atores sociais: estudantes, empresários, políticos, etc.

Do que necessitamos para começar?

Anônimo disse...

Precisamos "oxigenar" Magé. Ótimo começo de trabalho, estarei sempre por aqui.
Abraço,
Charles de Melo.

Lucas Lima disse...

Um passo importante antes de "Exigir" alguma:

Saber o que queremos!

Acho que podemos começar por aqui..
A idéia do Projeto de Cidade proposta pelo César já começa aqui no Manifesto Cultural.
E que depois possamos fazer o Manifesto Econômico, Político, Esportivo e etc..

Para quem sabe.. chegarmos em algo que queremos.. um Manifesto por Magé..

Caio César Loures disse...

César,
Para começar, precisamos discutir os tópicos que você propôs, e mais alguns que possam surgir, isso já começa a ser feito por aqui mesmo. Quanto à redação, acho que a melhor forma para conduzir a preparação do texto, será através do colaborativismo. Podemos criar um Wiki aberto para isso, onde todos possam escrever e editar livremente.

Caio César Loures disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Léo C. disse...

Concordo com a idéia do manifesto, mas temos que pensar sobre a abordagem do cultural no post do Caio.

O que é cultura?

Cultura é teatro? Nem todos gostam de teatro.
Cultura é cinema? Nem todos gostam do mesmo tipo de filme.
Cultura é música? Nem todos gostam do mesmo tipo de música.
Cultura é leitura? Nem todos gostam de ler.

Só que neste caso, não estamos discutindo gêneros ou gostos, mas a falta de opcões.

Magé tinha uma biblioteca, ali no Centro, na Rua da Fundacão (perto do Estadual). Para a surpresa geral, mtos iam ali pegar um livro ou outro (seja lá sobre o que) para ler. Um número considerável, lembrando q dizem que o povo de Magé não lê. O que aconteceu? Pegou fogo e até hj não sabem se foi ou não criminoso ou acidental. Nunca tentaram criar outro espaco como aquele.

Magé tinha salas de cinema. Não sei porque motivo (quem souber diga) as salas minguaram até acabar. Nenhum governante teve a idéia de reativá-las.

Magé tinha Carnaval. As ruas do Centro ficavam lotadas com criancas, adultos. Vestíamos fantasias, pierrôs. As Escolas vinham lindas e as quadras lotavam nos ensaios. Diziam que era o carnaval mais bonito do Estado fora da Capital. Aos poucos foi morrendo e hoje, nem memória é.

As escolas de Magé tinham bandas marciais fantásticas, que para muitos foi o primeiro passo para a música. Eles desfilavam orgulhosos no aniversário da cidade. Hj, até onde sei, não são como antigamente (há poucos anos atrás).

Alguém lembra das folias de Reis? Pois é.

Poderia citar mtos outros dados que todos conhecemos bem. Concordo com o manifesto, alguém tem que dar o start.

Mas não podemos esquecer das pessoas que já estão lá fora, correndo atrás e buscando manter tradicões.

Precisamos inserir, neste manifesto, exemplos que já ocorrem. Pessoas que já colocam a mão na massa e não possuem reconhecimento.

Trazendo estas pessoas para o nosso lado será o primeiro passo para todas as melhorias que foram citadas pelo César no Blog do Charles.

Um abracão, Caio!

Isabel Sad disse...

Achei uma ótima idéia a "Rede Mageense de blogs",e acredito que a mudança deve vir primeiro nas pessoas,e temos que fazer com que elas tomem conhecimento disso.
Nem todos tem a acesso aos blogs.Portanto,deixo aqui a idéia de que pensemos num veículo de comunicação que possa alcançar um maior número de pessoas.
Para que assim elas conheçam a sua cidade,valorize sua cultura, e tudo que há de bom em Magé e se sintam sensibilizadas a fazerem grandes mudanças.
Abraços

Léo C. disse...

Isabel,
A Rede de Blogs surgiu, inicialmente com o objetivo de criar conteúdo crítico sobre a cidade na internet.

Sabemos que nem todos tem acesso, mas muitos têm. Então a intencão é preparar o terreno para aqueles que estão vindo, cada dia mais.

Sobre outros veículos, eu acho que a Rádio Na Onda, do centro de Magé, tem um trabalho legal. Ao menos é citada pelo Alfredo como amigo da Cultura.

O Caio trabalha lá, pode explicar melhor! :)

Neste sentido, acho que temos que encontrar mais pessoas que já fazem um trabalho de conscientizacão e dar forca a eles e, logo, aumentar a nossa.

Um grão de areia numa ventania na praia nem faz cócegas. Mas qto mais grãos juntos, ao mesmo tempo, no mesmo sentido, maior o incômodo e as acões de mudanca.

Neste caso, não só dos políticos, mas da sociedade mageense como um todo. :)

Abracao!!!